27/Sep/2024
A Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) informou que foram queimados 658.638 hectares em agosto no estado de São Paulo, de acordo com monitoramento realizado em parceria com a GMG Ambiental. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (26/09). Apenas em 23 de agosto foram queimados 328.248 hectares. Foram 11.628 focos de incêndios, 227% mais do que a média histórica de 3.550 focos para o período.
O número de focos de incêndio cresceu 780% na comparação com agosto de 2023, quando foram registrados 1.321. Pitangueiras liderou o número de focos, com 354. Foram 296 em Sertãozinho e 254 em Altinópolis. Quase todas as cidades com mais de cem focos de incêndio têm a cana-de-açúcar como principal produção. A Canaoeste citou a ocorrência do Triplo 30 (índice que leva em conta a soma de umidade abaixo dos 30%, velocidade do vento acima de 30 km/h e temperatura acima de 30ºC) como fator propagador dos incêndios.
Em 23 de agosto, houve vento de rajada de 38 Km/h a 40 Km/h, temperatura máxima de 35ºC e umidade mínima de 10%. Só será possível estimar prejuízos quando chover, pois nesse momento ficará claro quais áreas irão demandar replantio. A área que não vai rebrotar precisará de um investimento de replantio, que vai gerar um custo de cerca de R$ 13 mil a R$ 14 mil por hectare. Quando chover, será possível ver o que vai rebrotar e o que não vai. Então, falar de prejuízos ou de áreas afetadas é muito cedo.
A Canaoeste evitou afirmar que os incêndios ocorridos, especialmente no dia 23 de agosto, tenham sido criminosos, mas indicou que a participação humana pode ter impulsionado as ocorrências. O que ocorreu foi que as condições climáticas estavam tão exacerbadas e o terreno estava tão propício para esse tipo de incidente que qualquer intervenção humana teria feito o impacto ser muito maior do que normalmente seria. Por isso, foi impossível conter os focos de incêndio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.