26/Sep/2024
Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), os custos com a transição energética no setor aéreo devem subir significativamente nos próximos anos. De US$ 120 milhões em 2023, a projeção é de que a cifra atinja US$ 1,4 bilhão em 2025. Em 2030, deve escalar para US$ 19 bilhões, disparando para US$ 744 bilhões em 2050. A Iata voltou a defender a importância de escalar soluções e de ter apoio político para zerar as emissões e reduzir custos.
Com o apoio de políticas públicas, os gastos com a transição podem ser reduzidos pela metade ou mais. O setor precisa de políticas claras e estruturas financeiras que apoiem as necessidades do transporte aéreo de uma forma realista e coerente com as mudanças massivas que devem ocorrer simultaneamente em todos os setores econômicos. Os investimentos anuais para construir as plantas de produção de combustível sustentável de aviação (SAF) também devem crescer substancialmente no futuro próximo.
O montante de US$ 450 milhões registrado em 2020 deve saltar para US$ 10 bilhões em 2027. O Capex médio anual necessário para construir as novas instalações, ao longo do período de 30 anos, é de cerca de US$ 128 bilhões. A projeção é que o montante chegue ao pico em 2048, com US$ 576 bilhões. O número total de plantas e as necessidades financeiras podem ser reduzidos ao maximizar as capacidades de coprocessamento nas refinarias existentes. Embora esta seja uma alavanca de curto prazo, seu potencial é bastante limitado.
A expectativa é de que cerca de 3 milhões de toneladas de SAF sejam produzidas a partir do coprocessamento em 2030, mas isso ainda seria cerca de 11% da produção total no ano. Em termos de investimentos, durante todo o período de transição, o coprocessamento pode ajudar a economizar US$ 347 bilhões, com a construção de 266 novas plantas a menos. Esta economia adicional de Capex do coprocessamento do SAF levará o montante total necessário a um nível mínimo de US$ 3,9 trilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.