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25/Sep/2024

Açúcar: dólar e petróleo impulsionando os futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (24/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 ganhou 51 pontos (2,26%), e fechou a 23,12 centavos de dólar por libra-peso. Depois de cair em realização de lucro na segunda-feira (23/09), após cinco sessões de valorização, o contrato mais líquido do adoçante voltou a subir e passou dos 23,00 centavos de dólar por libra-peso, nível visto pela última vez em meados de fevereiro.

A desvalorização do dólar diante do Real também foi altista para as cotações, porque pode desestimular as exportações do Brasil. Além disso, o avanço do petróleo nos mercados internacionais deu suporte, melhorando a competitividade relativa do etanol. O mercado pode ter sido influenciado também por preocupações com o tempo seco e a queda do mix de açúcar e da produtividade agrícola no Centro-Sul do Brasil. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos passaram a apostar na alta dos preços do demerara na semana encerrada em 17 de setembro.

No período, a posição líquida passou de vendida em 19.742 lotes para comprada em 2.571 lotes. Para o Rabobank, a safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul pode terminar já no fim de outubro. Esse fator, combinado com o ritmo acelerado dos embarques brasileiros e a ausência da Índia do mercado de exportação, pode resultar em oferta global apertada no primeiro trimestre de 2025. Essa menor disponibilidade pode ser agravada se houver novas revisões para baixo nas estimativas de produção do Centro-Sul.