23/Sep/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta na sexta-feira (20/09) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), pela quinta sessão consecutiva. O vencimento março/25 subiu 70 pontos (3,18%), para 22,74 cents por libra-peso. Os preços do açúcar ampliaram os ganhos das últimas sessões de olho na safra brasileira. Análises de mercado já indicavam uma tendência de alta para os futuros, diante das condições climáticas adversas em áreas produtoras do Centro-Sul, com incêndios em canaviais do interior paulista e a estiagem afetando negativamente a produtividade. Além disso, espera-se que a participação do açúcar no mix de produção das usinas seja menor do que o inicialmente previsto para a temporada 2024/2025. O Itaú BBA reduziu a estimativa de moagem para a safra 2024/2025 no Centro-Sul de 615 milhões de toneladas para 612 milhões de toneladas.

Em relatório, o banco diminuiu a previsão de participação do açúcar no mix, de 50,8% para 48,8%. O volume de produção de açúcar caiu 3,7%, de 41,4 milhões de toneladas para 39,8 milhões de toneladas. A trading Czarnikow estimou que o superávit global de açúcar será de 4,5 milhões de toneladas na temporada 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025), 1,4 milhão de toneladas abaixo da previsão apresentada em agosto. A Czarnikow espera que a produção global do adoçante atinja 184,3 milhões de toneladas em 2024/2025, uma queda de 1,7 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior. Ainda assim, é o segundo maior volume da história. O consumo global de açúcar deverá ser de 179,8 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, queda de 200 mil toneladas ante a estimativa anterior.