19/Sep/2024

O Itaú BBA reduziu a estimativa de moagem para a safra 2024/2025 no Centro-Sul de 615 milhões para 612 milhões de toneladas. Além disso, reduziu a previsão de participação do açúcar no mix, de 50,8% para 48,8%. O volume de produção de açúcar caiu 3,7%, de 41,4 milhões de toneladas para 39,8 milhões de toneladas. As novas previsões refletem os efeitos dos recentes incêndios em canaviais do Centro-Sul, especialmente no interior de São Paulo. Além do impacto sobre a produtividade agrícola, isso também irá afetar a qualidade da matéria prima que chega nas usinas.

O mix de açúcar na produção das usinas já vinha decepcionando, não refletindo o potencial dos investimentos na capacidade de fabricação de açúcar que entraram em operação nos últimos meses. A perspectiva para a safra 2025/2026 é de menor disponibilidade de cana-de-açúcar sobre a safra atual, mesmo com a normalização das chuvas. O Itaú BBA estimou volume de 603 milhões de toneladas na próxima temporada, embora pondere que isso dependerá das chuvas em volumes normais durante o período úmido. Além disso, a participação do açúcar no mix deverá ser de 52%, com produção de 42 milhões de toneladas do adoçante.

A revisão da safra no Centro-Sul reduziu o superávit global do mercado de açúcar na safra 2023/2024 (outubro a setembro) de 5,0 milhões de toneladas para 2,8 milhões de toneladas. Porém, a estimativa pode ser elevada, a depender do clima na Ásia. A estimativa para o Centro-Sul no calendário mundial da safra 2023/2024 (outubro-setembro) caiu 1,2 milhão de toneladas, para 42,7 milhões de toneladas de açúcar. Por outro lado, as perspectivas da safra no Hemisfério Norte subiram. Para a região da União Europeia e do Reino Unido, a estimativa de produção foi elevada em 800 mil toneladas de açúcar, para 17 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.