19/Sep/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (18/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 subiu 118 pontos (5,79%), e fechou a 21,55 centavos de dólar por libra-peso. Os preços estenderam os ganhos das últimas sessões, impulsionados por preocupações com a oferta. No Brasil, a safra já vinha sendo marcada por longa estiagem, de mais de quatro meses, com temperatura média acima da histórica e baixa umidade do ar. O inverno tem sido fraco, seco e com altas temperaturas. E a situação se tornou mais preocupante com os incêndios.
Há, ainda, temores com a possibilidades de novas queimadas em meio à baixa disponibilidade de água no solo. Com isso no radar, o Itaú BBA reduziu a estimativa de moagem para a safra 2024/2025 no Centro-Sul de 615 milhões de toneladas para 612 milhões de toneladas. Além disso, diminuiu a previsão de participação do açúcar no mix, de 50,8% para 48,8%. O volume de produção de açúcar caiu 3,7%, de 41,4 milhões de toneladas para 39,8 milhões de toneladas. A perspectiva para a safra 2025/2026 é de menor disponibilidade de cana-de-açúcar sobre a safra atual, mesmo com a normalização das chuvas.
O Itaú BBA estimou volume de 603 milhões de toneladas na próxima temporada, embora pondere que isso dependerá das chuvas em volumes normais durante o período úmido. Além disso, a participação do açúcar no mix deverá ser de 52%, com produção de 42 milhões de toneladas de açúcar. A revisão da safra no Centro-Sul reduziu o superávit global do mercado de açúcar na safra 2023/2024 (outubro a setembro) de 5,0 milhões de toneladas para 2,8 milhões de toneladas. Porém, a estimativa pode ser elevada, a depender do clima na Ásia.