18/Sep/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta terça-feira (17/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento março/2025 ganhou 78 pontos (3,98%), e fechou a 20,37 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pelo avanço do petróleo e pelo leve recuo do dólar diante do Real. Além disso, a avaliação de que os efeitos dos incêndios sobre os canaviais no Centro-Sul do Brasil ainda não foram contabilizados, incluindo possível redução do açúcar no mix, pode estar contribuindo para os ganhos. Tereos trabalha com a perspectiva de redução da participação do mix de açúcar na cana-de-açúcar moída pelas usinas do Centro-Sul ao longo das próximas semanas.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) cita participação de 49,15% do açúcar no mix no período de abril a 1º de setembro e de 48,85% na segunda quinzena de agosto. Deverá haver queda expressiva do açúcar no mix nos dados de setembro do setor. Somado a isso, há preocupação com a safra 2025/2026, que poderá ser afetada pelas condições climáticas. Se a expectativa já é de uma safra menor para 2024/2025, variando entre 590 milhões de toneladas e 610 milhões de toneladas, esse número pode cair ainda mais se não chover em níveis suficientes.
Se o clima não for bom até abril, a próxima safra de cana-de-açúcar (2025/2026) pode recuar 10%. Na semana passada, a Czarnikow cortou sua estimativa de produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil 2024/2025 de 40 milhões de toneladas para 39,2 milhões de toneladas, citando a seca e os danos causados pelos incêndios na região. A Barchart destacou, ainda, que a Covrig Analytics aumentou sua estimativa de déficit global de açúcar em 2024/2025 para 600 mil toneladas, ante projeção anterior de 300 mil toneladas.