16/Sep/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (13/09) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro caiu 6 pontos (0,31%), e fechou a 19,01 centavos de dólar por libra-peso. Os preços reverteram os ganhos de mais cedo e passaram a cair com o recuo do petróleo, que também operava em terreno positivo no início da sessão. As chuvas de monções acima da média na Índia contribuíram para a pressão sobre o açúcar, sob a perspectiva de que a safra do país pode ser favorecida.
O Departamento Meteorológico Indiano relatou que o país recebeu 849,3mm de chuva durante a atual estação de monções em 13 de setembro, ou 8% a mais do que a média comparável de longo prazo, de 784,3mm. A estação de monções da Índia vai de junho a setembro. Dados sobre a safra brasileira também influenciaram nas cotações.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) relatou que o processamento de cana-de-açúcar na segunda quinzena de agosto caiu 3,25%, para 45,067 milhões de toneladas. A produção de açúcar totalizou 3,258 milhões de toneladas, queda de 6,02% na comparação com o volume de igual período da safra 2023/2024 (3,467 milhões de toneladas). Além disso, na última quinzena, 48,85% da matéria-prima disponível foi direcionada para a produção de açúcar, ante 50,75% observados no igual período da safra 2023/2024.
Contudo, no acumulado da safra, a moagem de cana-de-açúcar pelas usinas do Centro-Sul do Brasil atingiu 422,61 milhões de toneladas até 1º de setembro, em comparação com 406,64 milhões de toneladas em igual período da temporada anterior 2023/2024, aumento de 3,93%. A produção de açúcar no acumulado da safra 2024/2025 totalizou 27,17 milhões de toneladas, em comparação com 26,15 milhões de toneladas do ciclo anterior (+3,90%). Além disso, a desvalorização do dólar diante do Real evitou quedas mais expressivas do açúcar.