06/Sep/2024
De acordo com estudo produzido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e pelo Boston Consulting Group (BCG), entregue nesta quinta-feira (05/09) ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a intensificação do uso de novas tecnologias de propulsão nos veículos nacionais junto de um maior uso de biocombustíveis pode promover uma redução de emissões de até 280 milhões de toneladas de CO² nos próximos 15 anos. A produção de veículos teve no mês passado um crescimento de 14,4% frente a agosto de 2023, chegando a 259,6 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Alckmin encomendou o estudo há cerca de um ano como contribuição para a COP, que no próximo ano acontecerá no Brasil, em Belém (PA).
De acordo com a Anfavea, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO² por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040. O estudo mostra também que a redução nas emissões pode chegar a 400 milhões de toneladas de CO² em 15 anos se algumas medidas adicionais forem tomadas, como a renovação da frota, a inspeção veicular, o aumento do poder calorífico dos biocombustíveis, e a implementação de programas de reciclagem veicular. Esse avanço envolve o desenvolvimento de um ecossistema abrangente, que inclui a cadeia de fornecedores, infraestrutura de recarga, geração e distribuição de energia, além da produção de biocombustíveis.
O encaminhamento deste cenário fará com que a venda de veículos híbridos e elétricos leves possa ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5 milhões em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040. No caso dos veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de propulsão podem representar 60% em 2040. Os ônibus urbanos em versão elétrica podem ultrapassar 50% em 2035. Alckmin agradeceu o estudo e defendeu que o Brasil é um exemplo para a COP. O ministro lembrou da aprovação do PL do Combustível do Futuro pelo Senado e da expectativa de sanção, nos próximos dias, do PL do hidrogênio de baixo carbono. E deve sancionar também a nova lei de informática e o novo Padis, provavelmente na semana que vem, muito importante para indústria automotiva, que usa chips. São R$ 7 bilhões por ano de incentivo na área de semicondutores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.