03/Sep/2024
Em São Paulo, os preços médios do açúcar cristal no mercado spot chegaram a cair em alguns dias da semana passada, devido a negociações pontuais que envolveram maiores quantidades. Na sua maioria, os representantes de vendas das usinas retiraram suas ofertas do mercado, pois ainda é incerto o tamanho da perda de produtividade da cana-de-açúcar afetada pelas queimadas. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, é de R$ 131,20 por saca de 50 Kg, avanço de 1,51% nos últimos sete dias (R$ 129,24 por saca de 50 Kg). Na Bolsa de Nova York, o contrato Outubro/2024 está cotado a 19,38 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 5,38% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 15,23 por saca de 5 Kg, queda de 0,21% nos últimos sete dias.
O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 3,37 por saca de 1 Kg, baixa de 0,23% no mesmo período. O grupo São Martinho avalia que cerca de 20 mil hectares de cana-de-açúcar foram danificados pelas queimadas. A Raízen informou que aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar própria e de fornecedores foram afetadas. Segundo a Climatempo, a previsão é de clima seco e de temperaturas elevadas nos próximos dias no estado de São Paulo, o que gera preocupação com novos focos de incêndios no Estado. Além disso, o longo período sem chuvas está prejudicando a qualidade da cana-de-açúcar que será colhida no final desta safra (2024/2025) e da próxima (2025/2026). Segundo os dados da União da Industria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a Região Centro-Sul do Brasil produziu 43,941 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na 1ª quinzena de agosto de 2024, queda de 8,57% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Organização Internacional do Açúcar (OIA) projetou déficit global de açúcar de 3,58 milhões de toneladas em sua primeira avaliação da temporada mundial 2024/2025. A maior mudança regional é o cenário de produção para a América do Sul, com o Centro-Sul do Brasil transferindo mais produção para a janela pré-outubro. Por outro lado, na Tailândia, a Czarnikow indica que chuvas podem favorecer a produção de cana-de-açúcar no país. A expectativa é que os canaviais tailandeses produzam 110 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, aumento de 21% em relação ao ano anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.