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02/Sep/2024

Cana: incêndios reduzirão açúcar no mix das usinas

Segundo o Itaú BBA, a redução da participação do açúcar no mix das usinas deverá ser um dos principais efeitos das queimadas em canaviais do interior de São Paulo. A perda de qualidade da matéria-prima deve aumentar os níveis de açúcares redutores na cana-de-açúcar moída, fator que dificulta a cristalização do adoçante. A grande surpresa da safra até o momento é o elevado nível de açúcares redutores, o que dificulta a fabricação de açúcar e essa queimada só aumentará esse problema.

A estimativa é de que o mix de produção de açúcar nesta safra deverá ficar muito próximo ao da safra passada, não refletindo os investimentos em novas fábricas de açúcar feitos no último ano. O Itaú BBA estima que aproximadamente 150 mil hectares de cana-de-açúcar foram queimados, embora reconheça que não existe uma metodologia clara para levantar essa informação, o que pode levar a misturas de dados. A cana-de-açúcar queimada será moída, o que pode levar a uma redução na produtividade agrícola. O fogo não respeita o planejamento agrícola e a cana-de-açúcar queimada pode não estar pronta para a colheita.

Assim, também há expectativa de redução no açúcar total recuperável. Com menos cana-de-açúcar sendo destinada à fabricação de açúcar, as usinas devem produzir mais etanol do que se estimava. Isso deverá trazer efeitos para o preço do combustível, especialmente na fase final da safra 2024/2025 no Centro-Sul. O cenário para os preços do etanol é otimista frente aos níveis atuais, mas o novo cenário deverá limitar as altas no primeiro trimestre de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.