02/Sep/2024
Segundo levantamento feito pela ValeCard entre os dias 27 de julho e 26 de agosto em mais de 25 mil postos de combustíveis do País, os preços da gasolina e do etanol fecharam o mês de agosto acima da inflação do período. A gasolina subiu 1,30%, enquanto o etanol avançou 1,86%, ultrapassando o índice geral da prévia da inflação de agosto (IPCA-15). Mesmo quando comparado especificamente com o setor de Transportes do IPCA-15, que registrou alta de 0,83%, o aumento de preços medidos nas bombas dos postos se mostrou superior. O diesel S10, mais amplamente utilizado por frotas de caminhões e ônibus, por ser menos poluente, foi o único a apresentar estabilidade, registrando 0,03% de variação positiva. Na comparação com os preços de agosto de 2023, a gasolina subiu 5,26%; etanol, 7,87%; e o diesel 8,52%. A variação dos preços dos combustíveis tem que ser vista por diferentes fatores. O primeiro reajuste da Petrobras para as distribuidoras impacta diretamente o preço da gasolina na bomba.
Com isso, a tendência é que os motoristas abasteçam mais com etanol, combustível que já está impactado com menor disponibilidade pelo período de entressafra da cana-de-açúcar. Esses fatores combinados fazem com que o preço suba ainda mais. Em agosto, foi mais barato abastecer com etanol na maioria dos Estados brasileiros, com exceção do Amazonas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A média dos preços da gasolina no Brasil, em agosto, foi de R$ 6,27 por litro, enquanto em julho o valor médio era de R$ 6,18 por litro. O etanol foi encontrado por um valor médio de R$ 4,20 por litro, cerca de R$ 0,07 mais caro por litro do que em julho, quando custava cerca de R$ 4,13 por litro. O diesel S-10, que teve a menor variação entre os combustíveis, teve preço médio de R$ 6,24 por litro em agosto, contra R$ 6,23 por litro em julho. O maior salto de preços foi na comparação anual, entre agosto de 2023 e agosto de 2024.
No período, a gasolina passou de um valor médio de R$ 5,85 por litro para R$ 6,27 por litro, um aumento de R$ 0,42 por litro, ou mais 7,01%. O etanol também teve alta significativa, passando de um preço médio de R$ 3,82 por litro em agosto do ano passado para R$ 4,20 por litro, avançando 9,98%. O diesel passou de um valor médio por litro de R$ 5,75 por litro para R$ 6,24 por litro, alta de 8,52% na comparação anual. Para se ter uma ideia, um modelo de automóvel popular, com tanque de combustível de 55 litros, gastaria em média em agosto do ano passado R$ 321,75 para encher o tanque com gasolina, enquanto neste ano o valor subiria para cerca de R$ 344,85, uma diferença de R$ 23,10. A gasolina mais barata foi encontrada em São Paulo, com média de preço de R$ 6,04 por litro. Na outra ponta, o Acre apresentou o combustível mais caro do Brasil, com preço médio de R$ 7,12 por litro. No caso do etanol, Rondônia foi o Estado com o preço mais baixo em agosto. O preço médio caiu 18,5%, passando de R$ 4,78 por litro para cerca de R$ 3,89 por litro.
Porém, a tendência é de alta, devido à seca que afeta o Rio Madeira, principal canal de escoamento de produtos para a região. O preço mais caro do etanol foi encontrado na Paraíba, a R$ 4,66 por litro, em média, valor que está em linha com o encontrado no restante do Brasil. O biocombustível tem passado por sucessivos aumentos nos últimos meses, tendo como uma das principais causas a entressafra da cana-de-açúcar, que diminui a disponibilidade do produto e faz com que distribuidores e postos subam os preços para recuperar as margens. Embora a média nacional do diesel S10 seja de R$ 6,24 por litro, dependendo da região do Brasil o preço pode ultrapassar os R$ 7,00 por litro, como é o caso de Roraima, onde o combustível foi encontrado a R$ 7,15 por litro. O diesel S10 mais barato em agosto beneficiou os motoristas de Santa Catarina, que apresentou média de R$ 6,07 por litro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.