23/Aug/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quinta-feira (22/08) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro subiu 20 pontos (1,13%), para 17,85 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos podem ter sido impulsionados pelo petróleo em alta. O combustível fóssil valorizado aumenta a competitividade relativa do etanol e pode acarretar um mix mais alcooleiro no Brasil.
Uma menor oferta no País também pode ter sido um fator altista para o açúcar. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que a produção brasileira na safra 2024/2025 pode atingir 689,83 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 3,3% em comparação com a temporada anterior 2023/2024 (713,21 milhões de toneladas). No entanto, o volume, se confirmado, será o segundo maior a ser colhido na série histórica acompanhada pela Conab.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22/08), estão no 2º Levantamento da Safra 2024/2025 do produto. A redução na produção de 3,3% é explicada principalmente pelo menor desempenho das lavouras, já que a previsão é de uma queda na produtividade de 6,6%, esperada em 79.953 quilos por hectare ante 85.580 quilos por hectare no ciclo anterior.
Responsável por 64,2% da produção de cana-de-açúcar no País, a Região Sudeste tem uma colheita estimada em 442,8 milhões de toneladas, queda de 5,6% em comparação à safra 2023/2024, com a maior redução, de 27,22 milhões de toneladas, observada em São Paulo. A produtividade média da região apresentou uma redução significativa, chegando a 82.879 quilos por hectare, 9,9% inferior que o registrado em 2023/2024, reflexo do forte déficit hídrico, ocasionando, desta forma, níveis críticos de disponibilidade de água no solo.