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15/Aug/2024

Raízen divulga resultado do 1º trimestre 2024/2025

A Raízen registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2024/2025, que compreende o período entre 1° de abril e 30 de junho de 2024, e reverteu o lucro de R$ 527 milhões que havia sido registrado em igual intervalo da safra anterior. A companhia também informou lucro líquido de R$ 1,066 bilhão, alta de 58,8% em comparação com igual intervalo de 2023/2024. A receita líquida da Raízen cresceu 18,3%, de R$ 48,822 bilhões de abril a junho de 2023 para R$ 57,759 bilhões em igual período de 2024. Houve expansão em todos os segmentos, refletindo maiores preços de combustíveis em Mobilidade, crescimento da comercialização de açúcar de terceiros e aumento do volume total de etanol vendido.

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou positivo em R$ 2,313 bilhões, queda de 29,1% ante R$ 3,265 bilhões de igual trimestre do ano anterior, em valores ajustados. Os resultados do primeiro trimestre refletem a sazonalidade do período e estão em linha com o guidance para o ano, com expansão de receita, formação de estoques com maior valor agregado e do lucro líquido, com foco na disciplina de capital e excelência operacional. A alavancagem fechou o trimestre em um múltiplo de 2,3 vezes a relação de dívida líquida pelo Ebitda dos últimos 12 meses, ante 2 vezes no igual trimestre do ano-safra anterior. Os investimentos ficaram estáveis em R$ 2,224 bilhões. A dívida líquida aumentou 7,6%, para R$ 31,591 bilhões.

A Raízen processou 30,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no primeiro trimestre da temporada 2024/2025, alta de 15,3% em relação ao igual período do ano-safra anterior. No período, houve alta de 0,5% do ATR, de 123,9 Kg por tonelada para 124,2 Kg por tonelada, mas recuo de 0,8% do TCH. A produção de açúcar cresceu 12,5%, para 1,851 milhão de toneladas. A produção de etanol de primeira geração ficou em 1,108 milhão de metros cúbicos, alta de 17,4%. A produção de etanol de segunda geração (E2G) avançou mais de 100%, para 16,2 mil metros cúbicos. O mix de produção foi dividido em 50% para açúcar e 50% para etanol. O volume de vendas de etanol cresceu 18,6%, para 1,274 milhão de metros cúbicos, enquanto a de açúcar avançou 26,1%, para 2,422 milhões de toneladas.

A Raízen avaliou que a decisão de reter etanol para venda em um momento mais oportuno se mostrou acertada para a companhia e começou a dar resultados no primeiro trimestre da temporada 2024/2025, com a recuperação dos preços, movimento que deve se manter ao longo dos próximos meses. A empresa está animada com preço do etanol, especialmente para entressafra. No período, o volume de vendas do etanol pela Raízen avançou 18,6% na comparação com igual período da temporada anterior. A decisão de antecipar ou postergar as vendas de etanol nos próximos meses dependerá da evolução da paridade do produto. Se ela avançar mais rápido antes da entressafra, as vendas serão antecipadas para o segundo e terceiro trimestres.

Caso contrário, poderá postergar para a entressafra. Quanto ao açúcar, a abordagem é semelhante, com embarques já programados e sem riscos iminentes ao preço. O momento é de custos baixos e preços futuros favoráveis. O embarque do açúcar ocorrerá ao longo dos próximos trimestres, o que deve levar a uma baixa nos estoques. No primeiro trimestre da temporada, a Raízen focou na construção de estoques para venda futura, com preços maiores já fixados. No período, o volume de vendas da produção própria caiu 18% na comparação anual. Os estoques aumentaram 55%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.