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15/Aug/2024

Jalles Machado: resultado do 1º trimestre 2024/2025

A Jalles Machado, companhia do setor sucroenergético, registrou prejuízo líquido de R$ 2,4 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2024/2025, encerrado em 30 de junho. O resultado reverte o lucro líquido de R$ 49,5 milhões reportado em igual período do ano fiscal anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou 10,1% abaixo na mesma comparação, tendo caído de R$ 271,4 milhões para R$ 243,9 milhões. A receita líquida recuou 9,8%, para R$ 401,3 milhões, ante os R$ 445,1 milhões reportados há um ano.

A Jalles Machado processou 3,160 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no trimestre, 4,7% mais do que no primeiro trimestre da safra anterior (3,019 milhões de toneladas). A produção de açúcar subiu 4,4% na mesma comparação, de 128,8 mil toneladas para 134,4 mil toneladas. O açúcar orgânico, especialidade da empresa, representou 21,6 mil toneladas (queda de 28,5%); o branco, 96,9 mil toneladas (+4%), e o VHP, que costuma ser destinado à exportação, 16 mil toneladas (+189%). O etanol produzido somou 144,4 milhões de litros, queda de 0,2% na comparação anual.

A produção do biocombustível anidro cresceu 3,8% no período, para 35 milhões de litros, enquanto a do hidratado caiu 6,8% na Usina Otávio Lage, a 37,7 milhões de litros. A Usina Santa Vitória produziu 71,7 milhões de litros, alta de 1,7%. O mix ficou em 63,4% para etanol e 36,6% para o açúcar, ante 64,5% e 35,5%, respectivamente, em igual período de 2023. A Jalles Machado anunciou ter comercializado 196,1 mil toneladas de ATR, queda anual de 2,4%, e 76,3 mil toneladas de açúcar, recuo de 13,8%. As vendas de etanol avançaram 7,7%, para 68,5 milhões de litros.

A Jalles Machado descartou que a moagem de cana-de-açúcar 2024/2025 pela companhia se encerre precocemente devido a condições adversas de clima, que reduziram a produtividade. A safra passada (2023/2024) foi encerrada no prazo normal e houve chuvas nas regiões logo após o corte da cana-de-açúcar. Isso fez com que a cana-de- açúcar crescesse adequadamente, sem risco de baixa produtividade ou de não ser colhida. A morte súbita da safra, que tanto tem se falado no setor, não atingirá a empresa. Assim, a empresa mantém a previsão de produção de 8,23 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra atual nas três unidades, em Goiás e Minas Gerais.

O plantio nas regiões é feito a partir de maio e conta com irrigação suplementar. A unidade de Santa Vitória (MG), segue o mesmo procedimento. Isso garante que o plantio não sofra com a falta de chuva. Diferentemente de outras operações no Centro-Sul, as plantas da Jalles Machado não têm enfrentado problemas de brotação, devido à prática de irrigação. Em São Paulo, por exemplo, algumas usinas relatam dificuldades no plantio devido à menor precipitação. Isso pode afetar a produtividade delas no próximo ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.