06/Aug/2024

Em São Paulo, os preços dos etanóis anidro e hidratado subiram de junho para julho e na comparação com julho/2023. A sequência de vendas aquecidas de hidratado na ponta varejista, a valores bastante competitivos frente à gasolina, tem contribuído para os aumentos no segmento produtor. Nas semanas cheias de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado registrou média de R$ 2,6030 por litro, 9,35% acima da do mês anterior. Para o anidro, considerando-se somente o mercado spot, a alta foi de 11,7% no mesmo período, com média de R$ 2,9885 por litro. Frente a julho de 2023, o Indicador CEPEA/ESALQ mensal do hidratado no estado de São Paulo em julho avançou 14,6%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de julho).

Para o anidro (spot + contratos), o aumento foi de 5,8% em igual comparativo, também em termos reais. Nos últimos sete dias, especificamente, o preço do etanol está em alta no mercado de São Paulo, com vendedores se mantendo firmes. Os compradores, por sua vez, adquirem mais volumes do biocombustível, abastecendo-se para a volta das aulas escolares. Tradicionalmente, a demanda tende a se aquecer nesse período. Esse aumento dos negócios resulta em alta expressiva na quantidade de hidratado negociada em São Paulo. Nos últimos sete dias, o total ultrapassou os 100 milhões de litros, o segundo maior volume desta temporada 2024/2025. O recorde foi na semana de 12 de abril deste ano. No acumulado do ciclo atual (de 1º de abril a 3 de agosto), o crescimento é de 113,5% sobre o mesmo período de 2023.

O ritmo mais dinâmico de negócios também é registrado em outros Estados da Região Centro-Sul, especialmente em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais, os fechamentos estão aquecidos, com foco no abastecimento local. O Indicador CEPEAE/SALQ do etanol hidratado, está cotado a R$ 2,6022 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), elevação de 1,39% nos últimos sete dias. Para o anidro, há queda de 0,51% nos últimos sete dias, com o Indicador cotado a R$ 2,9441 por litro (líquido de PIS/Cofins). Em São Paulo, nos últimos sete dias, em termos de preços relativos no elo produtor da cadeia sucroenergética, o valor do anidro supera em 8,4% o do hidratado. No caso do açúcar, o preço é 51,6% maior que o do hidratado e 39,8% que o do anidro. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.