24/Jul/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta terça-feira (23/07) na Bolsa de Nova York, pela sexta sessão seguida. O vencimento outubro recuou 14 pontos (0,77%), e fechou a 18,16 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do petróleo nos mercados internacionais pode ter pesado sobre os preços, que também sofreram influência da alta do dólar diante do Real. A projeção de safra robusta no Brasil também pode ter sido baixista. A produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil deverá ser de 620 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, segundo estimativa da Hedge Point divulgada nesta terça-feira (23/07). O volume supera em 6,6 milhões de toneladas a previsão anterior.

Apesar disso, a consultoria reduziu a previsão de produção de açúcar de 41,6 milhões de toneladas para 41,3 milhões de toneladas, enquanto a estimativa do mix de açúcar recuou de 51,2% para 50,3%. Para a Archer Consulting, o mercado global de açúcar está gerando mais dúvidas do que certezas. Enquanto o número da safra do Centro-Sul converge para um consenso de 600-605 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o balanço mundial de oferta e demanda de açúcar parece um verdadeiro enigma, devido às discrepâncias nas estimativas. Outra confusão recorrente gira em torno do número da safra da Índia, que também parece depender do humor (ou do livro) de quem é consultado.

O segundo semestre está cumprindo bem o seu papel de trazer mais dúvidas do que certezas. Apesar da tendência de queda, o preço mínimo do demerara neste ano já foi alcançado: os 17,95 centavos de dólar por libra-peso de 16 de maio. No entanto, o fortalecimento do dólar ante o Real tem ajudado a pressionar as cotações do açúcar. Na última semana, estimativas de superávit global na temporada 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) pesaram sobre os contratos. A Covrig Analytics alterou sua previsão, que passou de déficit de 2,6 milhões de toneladas para um excedente de 282 mil toneladas. A Czarnikow elevou sua estimativa de superávit em 3,4 milhões de toneladas, para 8,8 milhões de toneladas.