18/Jul/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/07) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro recuou 26 pontos (1,33%), e fechou a 19,36 centavos de dólar por libra-peso. O avanço do dólar diante do Real pressionou os preços, estimulando as exportações brasileiras. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que a média diária de açúcares e melaços exportados pelo Brasil nas duas primeiras semanas de julho ficou em 174.685 toneladas, 24,7% mais do que a média diária do mês de julho de 2023. A perspectiva de um maior superávit global no próximo ano também pode ter pesado.
A Covrig Analytics espera que o mercado global de açúcar de 2024/2025 esteja em superávit de 182 milhões de toneladas, acima da estimativa anterior de déficit de 2,6 milhões de toneladas. Outros dados demonstram que a oferta de açúcar continuará elevada, mesmo que a safra 2024/2025 de cana-de-açúcar no Brasil não repita os números recordes da temporada anterior. Um exemplo disso veio com a apresentação de números da produção até o fim de junho nas Regiões Norte e Nordeste. Os volumes fabricados refletem pouco no comportamento do mercado, pois são, aproximadamente, quatro vezes menores do que os do Centro-Sul. Porém, servem como indicativo de tendências aos traders.
E um deles foi o de que, embora a moagem de cana-de-açúcar tenha caído 2,72% no acumulado da safra, em comparação com a temporada anterior a fabricação de açúcar se expandiu 3,15%, segundo a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio). Informações positivas também surgiram em outras regiões produtoras, com destaque para a área plantada na Índia. O Departamento de Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores divulgou um aumento na área semeada de cana, de 5,5 milhões de hectares para 5,7 milhões de hectares, o que também é positivo para as expectativas de 2025/2026.