28/Jun/2024
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ANPAQ e GS1 Brasil, divulgou o Anuário da Cachaça 2024. A publicação é o principal levantamento de dados oficiais do setor, para a difusão de dados, referentes ao ano anterior, e para o fomento de discussões relevantes. O anuário comprova que o Brasil está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e bebidas do mundo, graças a sua vocação. Produzindo com qualidade e o Ministério da Agricultura tem a régua muito elevada para garantir a segurança dos produtos. Isso garante oportunidades, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Brasil é a ‘bola da vez’ para produtos de qualidade.
Segundo os dados, em 2023 o número de cachaçarias registradas foi de 1.217, sendo um crescimento de 7,8% com base no ano anterior. Minas Gerais é o Estado com maior número de estabelecimentos registrados, com a marca de 504 estabelecimentos, o que corresponde a 41,4% das cachaçarias do país. Para alcançar tal marca, o Estado apresentou um crescimento de 7,7%, com 36 estabelecimentos a mais em relação a 2022. Esta é a primeira vez que uma Unidade da Federação supera a marca de 500 cachaçarias registradas. Destacam-se também os estados de São Paulo, com 11 cachaçarias a mais em relação a 2022, e o Paraná, com aumento de 10 cachaçarias em relação ao ano anterior. Estes números representaram um crescimento de 7,0% e 37,0%, respectivamente.
A Região Sudeste, com 819 cachaçarias, possui o maior número de estabelecimentos registradas, concentrando 67,3% do total de cachaçarias do Brasil. O registro de estabelecimentos é a formalidade administrativa que autoriza as cachaçarias a funcionarem, considerando a atividade e linha de produção, bem como a sua capacidade técnica e condições higiênico-sanitárias. O registro é coordenado pelo Mapa e a solicitação é gratuita e deve ser realizada por meio do Portal Único gov.br, utilizando-se o Sipeagro. Os dados são animadores. Apesar do cenário desafiador que o setor da cachaça tem enfrentado nos últimos anos, demonstram uma certa resiliência para o enfrentamento dessas dificuldades e, sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores, destaca o Instituto Brasileiro da Cachaça.
Após a concessão do registro de estabelecimento é preciso que a cachaçaria registre os produtos com que pretende trabalhar. Em 2023, houve um crescimento de 18,5% em relação ao total de produtos registrados que havia em 2022, alcançando o número de 5.998. Minas Gerais também possui o maior número de cachaças registradas, com 2.144 produtos, o que corresponde a 35,7% das cachaças do país. Sergipe detém a média mais elevada, com 16 produtos registrados por estabelecimento. A média brasileira é de 4,9 cachaças registradas por cachaçaria. Em 2023, houve um aumento de 0,7% no valor total das exportações, alcançando a marca de US$ 20.242.453, o maior montante da série. O resultado demonstra uma valorização de 9,3% do produto exportado, que em 2022 teve o preço médio de 2,15 US$/L e no ano passado chegou a 2,35 US$/L.
Os Estados Unidos mantêm-se como o maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$ 4.653.002, o que representa quase 23% do mercado de exportação de cachaça. Destaca-se também a Europa, com 7 países entre os 10 principais parceiros econômicos na compra de cachaça. O continente foi responsável por um mercado de US$ 10.142.990, o que representa 50,1%. Atualmente, há países compradores de cachaça em todos os continentes. O setor de cachaça no Brasil apresenta um histórico de fomento da economia brasileira. Entre os resultados, está a geração de empregos diretos e indiretos em toda cadeia. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a atividade de fabricação de bebidas gerou um estoque de 134.678 empregos diretos em 2023, com variação positiva de 3,35% em relação a 2022.
Neste cenário, 4,7% do estoque de empregos da atividade de fabricação de bebidas deve-se à fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, o que corresponde a 6.371 empregos. A Região Sudeste teve o maior estoque de empregos em 2023, com a marca de 3.062 posições, o que corresponde a 48% de todos os empregos da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar. A Região Nordeste está na segunda posição em estoque de empregos, com 2.444 posições, e apresentou o maior aumento absoluto em números de empregos gerados, com 87 novas posições criadas em 2023, o que corresponde a uma variação de 3,69%. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.