ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Jun/2024

Açúcar: futuros encerraram praticamente estáveis

Os futuros de açúcar demerara fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (26/06) na Bolsa de Nova York. O vencimento outubro subiu 2 pontos (0,10%), e fechou a 19,51 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido impulsionados pelas preocupações com a oferta da Índia. No país, a produção de açúcar é projetada em 29 milhões de toneladas para 2024/2025, queda de 10% frente ao ciclo 2023/2024, segundo o Rabobank. Por isso, é baixa a chance de a Índia permitir exportações ainda em 2024.

Além disso, a agência agrícola da Índia informou sobre a disseminação de uma doença fúngica nas plantações, chamada podridão vermelha, que se espalha pelo estado de Uttar Pradesh, uma importante região produtora. Riscos climáticos também podem acrescentado suporte. No caso do Brasil, a continuidade do tempo seco já provoca revisões de estimativas de produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul na temporada 2024/2025, para abaixo das 600 milhões de toneladas.

Uma tendência de alta com base nos fundamentos poderia chegar a 21,00 centavos de dólar por libra-peso até o final de 2024 se as previsões sugerirem restrições de disponibilidade, especialmente no Brasil, alertou a Hedge Point. Entretanto, o dólar valorizado pode ter limitado ganhos mais expressivos. A perspectiva de uma oferta mais confortável também. O Rabobank projetou superávit de 3,2 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2023/2024 (outubro a setembro) e excedente de 700 mil toneladas na temporada 2024/2025.

O mercado não tem levado os riscos para o próximo ano-safra na definição dos preços dos futuros. A Hedge Point avaliou que a disponibilidade de açúcar não deve ser um problema ao longo da atual temporada e das próximas. Atualmente, os fluxos comerciais indicam um superávit para o ano civil de 2024, enquanto a perspectiva para 2025 depende muito das condições climáticas. Assumindo padrões típicos, 2025 também pode apresentar excesso de oferta, especialmente quando o Brasil introduzir sua produção de 2025/2026 no mercado.