21/Jun/2024
A Shell afirmou que a greve no Ibama e a mobilização de funcionários da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em espécie de ‘operação tartaruga’, preocupam. Um dos impactos diretos dos movimentos trabalhistas para a empresa é a possível protelação na anuência para novos poços no campo unitizado de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, operado pela Petrobras em consórcio com a Shell, TotalEnergies e as chinesas CNPC e CNOOC. A Shell é sócia da Petrobras nos campos de Mero, que têm alguns postos a serem interconectados nos próximos meses. Mero está em processo de anuência para a entrada de novos poços de produção. Então, isso é preocupante.
O impacto do movimento na produção nacional de petróleo e gás e na arrecadação associada é importante. Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), as baixas já chegam a 80 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Deixar, como indústria, de produzir 80 mil barris, é deixar de gerar receita para o governo no momento em que ele precisa de receita para balancear o orçamento. O IBP afirmou que a greve do Ibama está impactando muito o setor, chegando a 160 dias. Começou com uma redução na produção de 5 mil a 10 mil barris por dia e chegou, no dia 14 de junho, a 80 mil barris por dia. A avaliação é de que, junto com o do Ibama, o movimento ensaiado pela ANP criaria uma ‘tempestade perfeita’ no setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.