13/Jun/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (12/06) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho subiu 31 pontos (1,65%), e fechou a 19,10 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram impulsionados pelos ganhos do petróleo nos mercados internacionais, o que tende a melhorar a competitividade relativa do etanol. Além disso, traders seguem monitorando o clima nos principais produtores da commodity. A expectativa para o Brasil é de tempo seco nos próximos dez dias, e a Tailândia também não deve ter chuvas bem distribuídas, o que deve dar pelo menos um suporte moderado às cotações.

Na Índia, as chuvas de monções continuam evoluindo, mas o norte e o nordeste do país vão continuar sofrendo com o tempo quente e seco por algum tempo. Embora o Brasil continue produzindo e exportando grandes volumes de açúcar neste começo de safra, a falta de chuvas no Centro-Sul do País começa a preocupar, já que pode ter um efeito negativo sobre a cana-de-açúcar que será colhida na segunda metade da temporada 2024/2025. Além disso, apesar do tempo mais seco, a Datagro observou que algumas usinas estão relatando níveis mais baixos de açúcares totais recuperáveis (ATR).

Uma das explicações para isso é que, devido ao ritmo acelerado de moagem, algumas usinas estariam colhendo cana-de-açúcar nova, que ainda não atingiu a fase de maturação. Investidores aguardam nesta semana relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) com os dados de moagem do Centro-Sul do Brasil, referentes à segunda quinzena de maio. Para muitos analistas, o documento deverá mostrar uma desaceleração em relação ao forte início de safra em abril. De acordo com analistas consultados pela S&P Global Commodity Insights, a produção de açúcar na região deve ter totalizado 2,90 milhões de toneladas na segunda quinzena de maio, recuo de 0,8% na comparação anual.