14/May/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta segunda-feira (13/05) na Bolsa de Nova York, pela quarta sessão consecutiva. O vencimento julho recuou 67 pontos (3,47%), e fechou a 18,63 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados pelas perspectivas com a oferta global, principalmente do Brasil. O tempo predominantemente seco no Centro-Sul do País nas últimas semanas deve ter contribuído para um avanço significativo da colheita na região, o que tende a pressionar as cotações. Na primeira quinzena da safra 2024/2025 (abril de 2024 a março de 2025), usinas do Centro-Sul processaram 15,810 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 14,11% mais do que em igual período da temporada anterior, informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) no fim de abril.
A produção de açúcar no período aumentou 30,97% na mesma comparação, para 710 mil toneladas. Nos primeiros 15 dias de abril, 111 unidades iniciaram as atividades, totalizando 171 unidades produtoras operando na região, contra 166 unidades em igual período da safra 2023/2024. Nesta semana, a Unica publica o relatório com dados de moagem da segunda quinzena de abril. A Paragon Global Markets destacou que as estimativas de consultorias para a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul variam de 598 milhões a 617 milhões de toneladas, com média em torno de 600 milhões a 605 milhões de toneladas. Quanto à produção de açúcar, as projeções vão de 41,5 milhões a 43,8 milhões de toneladas, com média de cerca de 42 milhões.
Isso representa uma melhora em relação às previsões do começo de março, que em alguns casos estavam abaixo de 41 milhões. O mix de açúcar deve ficar em torno de 52% a 52,5%. Embora inferiores aos números da temporada passada, as estimativas para a safra de cana-de-açúcar e a produção de açúcar em 2024/2025 ainda são bastante robustas. Além disso, segundo a Hedgepoint, apesar dos relatos de que a Índia e a Tailândia enfrentam desafios em seus setores de açúcar, o impacto no mercado foi limitado devido à oferta maior do que a esperada e ao enfraquecimento da demanda, principalmente do principal importador, a China, que reduziu as importações em meio ao aumento da produção doméstica.