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09/May/2024

Açúcar: petróleo e dólar pressionando os futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (08/05) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho recuou 35 pontos (1,75%), e fechou a 19,60 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter sido pressionados pela alta do dólar ante o Real, que estimula as exportações brasileiras. O recuo do petróleo também é baixista, porque piora a competitividade relativa do etanol. A oferta global também pode ter influenciado nas perdas. Na Tailândia, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Bangcoc projetou produção de 10,24 milhões de toneladas em 2024/2025.

A previsão representa aumento de 16% ante a estimativa para 2023/2024, de 8,795 milhões de toneladas. Esse volume maior poderia, inclusive, ajudar a compensar a ausência da Índia na oferta global de açúcar, pois o governo local proíbe a exportação do país. Segundo relatório da StoneX, a produção global será favorecida pela possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña. No ciclo 2024/2025, a ocorrência do fenômeno será determinante para o saldo global, especialmente porque deve trazer recuperação ou crescimento produtivo em grandes produtores e exportadores do açúcar, destacando Tailândia e Paquistão.

Além disso, apesar da redução da projeção de superávit global da StoneX, de 2,51 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2024/2025 ante 3,86 milhões de toneladas em 2023/2024, a produção deve aumentar. Isso deve ocorrer porque a estimativa é influenciada mais pelo aumento da demanda, de 192,2 milhões de toneladas em 2023/2024 para 194,1 milhões de toneladas em 2024/2025, do que pela produção global, que deve saltar de 196 milhões de toneladas para 196,6 milhões de toneladas.