08/May/2024
A StoneX projetou superávit global de 2,51 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2024/2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025). A estimativa é menor do que o saldo positivo de 3,86 milhões de toneladas da temporada 2023/2024. A produção total na temporada 2024/2025 deve crescer para 196,6 milhões de toneladas, ante 196 milhões de toneladas no ano-safra 2023/2024. Mas, o saldo menor é influenciado pelo incremento da demanda, que vai se elevar de 192,2 milhões de toneladas em 2023/2024 para 194,1 milhões de toneladas em 2024/2025. O relatório utiliza dados da própria consultoria, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), da Associação Indiana de Usinas de Açúcar (Isma) e do Gabinete do Conselho de Cana e Açúcar da Tailândia (OCSB).
A projeção, a partir dessas bases, é de queda na produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil (de 44,5 milhões de toneladas em 2023/2024 para 40,8 milhões de toneladas em 2024/2025) e na Índia (de 31,8 milhões de toneladas em 2023/2024 para 28,8 milhões de toneladas em 2024/2025). A oferta de açúcar no calendário-safra 2024/2025 (outubro-setembro) deve apresentar queda de 7%. O principal fator que influenciará a produção brasileira na safra 2024/2025 é o Centro-Sul, região que continuará maximizando o mix açucareiro, porém, terá safra com menor duração neste ano de 2024. A escassez de chuva será fator decisivo para a quebra de safra na Índia em 2024/2025.
O principal fator que deve impactar de forma negativa o ciclo indiano é o plantio da cana-de-açúcar, que foi prejudicado no ano passado e no início de 2024 devido às chuvas abaixo da média no último período de monções e baixíssimos níveis nos reservatórios hídricos nos estados do sul da Índia. A produção global será favorecida pela possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña. No ciclo 2024/2025, a ocorrência do fenômeno será determinante para o saldo global, especialmente porque deve trazer recuperação ou crescimento produtivo em grandes produtores e exportadores de açúcar, com destaque para Tailândia e Paquistão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.