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23/Apr/2024

Açúcar: recuperação técnica e dólar elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta segunda-feira (22/04) na Bolsa de Nova York. O vencimento julho ganhou 11 pontos (0,56%), e fechou a 19,61 centavos de dólar por libra-peso. Os preços podem ter passado por movimento de recuperação técnica, após acumularem desvalorização nas últimas semanas. O recuo do dólar ante o Real também é altista, desestimulando as exportações brasileiras. Projeções para oferta e demanda também podem estar no radar.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Guangzhou manteve a estimativa de importação de açúcar pela China na safra 2023/2024 (de outubro a setembro) em 4,6 milhões de toneladas. No ciclo 2024/2025, o país deve importar 5 milhões de toneladas, uma vez que, apesar da projeção de produção maior, será necessário preencher a lacuna entre oferta e demanda. Se os preços mundiais caírem conforme previsto, espera-se que a China aumente as importações.

O Brasil é o principal fornecedor do adoçante para o país asiático, com cerca de 80% das importações, seguido de Índia e Tailândia. Na semana passada, o USDA em Brasília projetou que o Brasil vai processar 645 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2024/2025. O volume é 8,5% menor que o registrado no ciclo anterior e está associado às chuvas irregulares no Centro-Sul. A produção do açúcar para 2024/2025 está prevista em 44 milhões de toneladas, recuo de 3,4% ante 2023/2024.

As exportações brasileiras de açúcar devem alcançar 34,4 milhões de toneladas, em valor bruto, redução de 1,5 milhão de toneladas ante 2023/2024 (35,9 milhões de toneladas). Na Índia, o adido do USDA estimou que o país vai produzir 34 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2023/2024 (outubro-setembro), 2 milhões a menos do que a estimativa anterior. A produção de açúcar na temporada 2024/2025 vai ser de 34,5 milhões de toneladas.