17/Apr/2024
A Tesla anunciou na segunda-feira (15/04), que vai demitir mais de 10% de sua força de trabalho, após registrar queda na venda de veículos elétricos no último trimestre, a primeira desde 2020. Ao todo, por volta de 14 mil funcionários serão afetados pela decisão. A Tesla vai passar por uma nova fase de crescimento e, por isso, será necessário fazer reestruturação nas áreas da empresa para diminuir custos e aumentar a produtividade. Não foram citados quais setores seriam impactados com as demissões. Como parte desse esforço, foi realizada uma análise completa da organização e foi tomada a difícil decisão de reduzir o quadro de funcionários em mais de 10% em todo o mundo. Isso permitirá que a empresa seja enxuta, inovadora e ávida pelo próximo ciclo da fase de crescimento.
Em um anúncio feito de surpresa logo após o comunicado chegar aos funcionários, Drew Baglino, vice-presidente sênior que desempenhou um papel fundamental na ascensão da empresa de uma startup improvável a uma fabricante dominante do mercado mundial de carros elétricos, disse que havia renunciado. Ele deixou a Tesla depois de 18 anos. Baglino é um dos três únicos dirigentes listados como executivos de alto escalão no site da empresa. Investidores começam a mostrar preocupação com a gestão da companhia. Os muitos outros empreendimentos de Elon Musk e sua propensão a fazer declarações políticas polarizadoras levantaram questões sobre até que ponto ele continua focado na administração da Tesla. Wall Street está cada vez mais cética com a empresa: o preço das ações da companhia perdeu cerca de um terço do seu valor neste ano.
No primeiro trimestre deste ano, a Tesla registrou uma queda de 8,5% na comercialização de seus modelos elétricos em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, a queda foi de aproximadamente 20%. No ano passado, a empresa reduziu os preços dos seus automóveis para aumentar a demanda, o que derrubou seu lucro. A estratégia, porém, parece estar perdendo a eficácia. Rivais como a BYD, da China, a BMW, da Alemanha, e a Kia e a Hyundai, da Coreia do Sul, relataram aumentos nas vendas de veículos elétricos no mesmo período, sugerindo que a procura global mais lenta por modelos movidos a bateria não foi a única explicação para os problemas da Tesla. No ano passado, a Tesla informou que tinha 140.473 funcionários. O comunicado não informou se os funcionários que foram demitidos receberão algum tipo de pacote de rescisão nem a partir de quando os trabalhadores deixarão a empresa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.