16/Apr/2024
Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (15/04), um sinal de que os traders pensam que Israel irá provavelmente reagir com cautela ao ataque do Irã no fim de semana, reduzindo o risco de uma conflagração mais ampla no Médio Oriente. Os futuros do petróleo Brent, referência, caíram mais de 1%, para cerca de US$ 89,00 por barril. Os preços do Brent saltaram 16% em 2024, aumentando as contas de energia e ameaçando prolongar o período de inflação elevada. A recuperação foi estimulada, em parte, pela possibilidade de a guerra em Gaza e a tensão na região poderem perturbar o fornecimento de petróleo bruto dos principais produtores, incluindo o Irã.
O presidente Joe Biden instou Israel a ter cautela em qualquer resposta ao ataque sem precedentes do Irã e pressionou os aliados para uma frente diplomática unida, numa tentativa de impedir que as hostilidades se transformassem em guerra aberta. Analistas de energia do Citigroup disseram que o Irã parece ter planejado o ataque de forma a não desencadear uma nova escalada nas hostilidades. No entanto, os preços do petróleo poderão subir para US$ 100,00 por barril se se descobrir que o Irã calculou mal, por exemplo, se Israel tomar medidas para retirar a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã. Para o banco holandês ING, existem mais três riscos que poderão impulsionar os preços do petróleo. Os Estados Unidos podem impor sanções mais rigorosas ao petróleo iraniano, o que poderia reduzir as exportações diárias do Irã em até 1 milhão de barris.
O mundo consome cerca de 102 milhões de barris por dia e o Irã produz cerca de 3,3 milhões de barris. Israel poderia visar a infraestrutura petrolífera iraniana como parte de qualquer resposta, o que significaria o potencial para perdas de abastecimento ainda mais significativas. O Irã poderia tentar bloquear as exportações de petróleo através do Estreito de Ormuz no caso de uma nova escalada. Cerca de 20 milhões de barris de petróleo passam diariamente pelo ponto crítico do transporte marítimo vindo do Irã, da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e de outros grandes produtores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio