11/Apr/2024
Os produtores de cana-de-açúcar querem políticas específicas para a cadeia produtiva e participação direta na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O pleito foi reforçado pela Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) a autoridades do governo federal e do Legislativo. Há desafio importante no setor de garantir equilíbrio financeiro e sustentabilidade aos produtores com compartilhamento de valor com as usinas. Por isso, o setor pede políticas de incentivo específicas aos produtores e participação direta no Renovabio, ressaltando a necessidade de olhar dedicado aos produtores de cana-de-açúcar.
As duas pontas do setor sucroenergético, produtores e usinas, estão em margens opostas. É imperativo pensar em um futuro, juntos, com produtores e usinas em prol de uma cadeia equilibrada economicamente, justa e sustentável, buscando paridade justa de etanol com gasolina e compartilhamento de valor compartilhado nas cadeias. Foi destacado o papel da cana-de-açúcar na descarbonização da cadeia agropecuária. Sem a cana-de-açúcar, não haveria eficiência aplicada ao etanol, ao biogás. A cana-de-açúcar é uma máquina de tirar CO2 da atmosfera e os produtores (independentes) são responsáveis por 40% da cana-de-açúcar produzida.
A Orplana responde por 66 milhões de toneladas de cana-de-açúcar produzida no País. O setor produtivo pede, ainda, o repasse dos Créditos de Descarbonização (CBios) aos produtores independentes de biomassa. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comentou sobre a expectativa do setor de tramitação dos CBios no Senado. É um ânimo que traz aos produtores. Além do etanol de segunda e terceira geração e SAF (combustível sustentável de aviação), com aviões voando movidos à energia da cana-de-açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.