11/Apr/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta quarta-feira (10/04) na Bolsa de Nova York, pela quarta sessão seguida. O vencimento julho caiu 4 pontos (0,19%), e fechou a 21,09 centavos de dólar por libra-peso. A forte valorização do dólar ante o Real pode ter pressionado as cotações, tornando as exportações mais atraentes para as usinas brasileiras. O mercado pode ter no radar, ainda, a maior produção de açúcar na China, com a divulgação de produção de 9,57 milhões de toneladas até o fim de março. A expectativa é de produção de 10 milhões de toneladas até o fim da safra. Isso representaria incremento de 1 milhão de toneladas em relação à safra anterior e reduziria a demanda do país por importação. Entretanto, as baixas podem ter sido limitadas pelos relatos de que a Índia considera permitir que usinas de açúcar utilizem maior volume do produto para a produção de etanol.
Segundo a Bloomberg, a ideia seria alocar mais de 800 mil toneladas de açúcar para o biocombustível neste ano, já que a safra pode ser maior do que o previsto inicialmente. E a medida provavelmente reduzirá as chances de o país flexibilizar em breve as restrições à exportação de açúcar. Entre outras notícias, a moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/2025 do Centro-Sul do Brasil, que começou em 1º de abril, deve ser menor que a do ciclo passado, mas a participação de açúcar no mix de produção tende a ser recorde, superior a 50%. A incerteza que cerca a temporada é se o volume de cana-de-açúcar a ser processado alcançará ou não a marca de 600 milhões de toneladas. As projeções apontam para um volume inferior às 649,389 milhões de toneladas apuradas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) até a primeira metade de março para a safra 2023/2024. Ainda assim, a estimativa atual representa aumento de cerca de 10% em relação ao total de 548 milhões de toneladas processadas na safra 2022/2023.