10/Apr/2024
Os futuros de açúcar demerara fecharam em baixa nesta terça-feira (09/04) na Bolsa de Nova York, pela terceira sessão seguida. O vencimento maio caiu 10 pontos (0,46%), e fechou a 21,49 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do petróleo nos mercados internacionais pode ter influenciado nas perdas, uma vez que piora a competitividade relativa do etanol. Nos próximos dias, as condições climáticas no Brasil estarão em foco, podendo trazer efeitos diversos. O aumento de chuvas previsto para esta semana pode atrasar a colheita, o que tende a reduzir a oferta e sustentar os preços do açúcar no curto prazo.
No entanto, as chuvas também são vistas como determinantes para uma safra maior na temporada 2024/2025, o que indicaria um possível aumento no volume de açúcar mais à frente. De imediato, as exportações brasileiras de açúcar e melaços continuam robustas. Na primeira semana de abril, houve um aumento expressivo, de 142%, em relação a igual período do ano passado, com a média diária de embarques em 130,853 mil toneladas. O Brasil mantém uma participação de mercado significativa, com as exportações de açúcar bruto ultrapassando os 70% do total global.
Além disso, o mercado monitora de perto as informações sobre a produção na Tailândia e as perspectivas para a próxima safra. Segundo a Paragon Global Markets, há consenso de que a produção da Tailândia deverá alcance 10,5 milhões de toneladas na temporada 2024/2025, uma expansão significativa em relação à safra atual, estimada em 8,75 milhões de toneladas. A depreciação do dólar diante do Real, contudo, pode ter limitado recuos maiores. Isso ocorre porque a moeda norte-americana em baixa ante a brasileira torna as exportações menos atraentes para as usinas brasileiras.