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08/Apr/2024

Possibilidade de troca no comando da Petrobras

A possibilidade de o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ser transferido para o comando da Petrobras é vista como um sinal de vitória das teses intervencionistas que avançam no governo Lula. Economistas de grandes corretoras com atuação na B3 afirmaram que seu perfil desenvolvimentista causou preocupação mesmo à frente do banco de fomento, onde decisões equivocadas têm impacto menor e mais lento. Até porque o BNDES é hoje muito mais blindado que no passado. No entanto, alertam, na Petrobras o efeito é sempre imediato. Decisões estratégicas que passam por exemplo por ampliação do plano de investimentos, divisão de dividendos e política de preços afetam os valores dos ativos e geram desdobramentos sobre a economia.

A queda de popularidade do governo Lula amplia o temor no mercado de ações intervencionistas na política de preços da Petrobras, como ocorreu no passado. Na gestão Dilma Rousseff, a empresa acumulou prejuízos bilionários ao segurar reajustes de combustíveis para conter a inflação e permitir a redução artificial da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). Mas, a substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, por Aloizio Mercadante, não será uma tarefa fácil. Mercadante não teria interesse na troca, além de apoiar a permanência de Prates no cargo. Se a negativa de Mercadante for confirmada, o governo deverá ter problemas para encontrar um substituto com a experiência de Prates. A ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), Magda Chambriard, outro nome que aparece frequentemente nas listas de substitutos de Prates, nem chegou a ser sondada, como foi Mercadante.

Outro nome sempre lembrado, da ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, não teria boa aceitação do mercado, pelo medo do aumento de intervenção do governo na companhia. Com nomes que vão do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao recém-indicado ao Conselho de Administração da estatal pelo Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, ainda não eleito, a lista de especulações sobre o substituto de Prates não para de crescer e inclui diretores da estatal, como Maurício Tolmasquim (Sustentabilidade e Transição Energética) e Clarice Coppetti (Assuntos Corporativos). Ainda sem uma confirmação oficial sobre a intenção da troca de Prates, o governo deixou a decisão para esta semana, quando haverá uma reunião entre Prates e o presidente Lula, ainda não confirmada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.