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21/Mar/2024

Açúcar: dólar e clima seco no Brasil elevam futuros

Os futuros de açúcar demerara fecharam em alta nesta quarta-feira (20/03) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio avançou 13 pontos (0,60%), e fechou a 21,77 centavos de dólar por libra-peso. Os preços reverteram as perdas da sessão e subiram impulsionados pelo dólar em desvalorização frente ao Real, que desestimula as exportações brasileiras.

A HedgePoint Global Markets afirmou que os preços do açúcar são sustentados pelos contínuos desafios de produção na Região Centro-Sul do Brasil, exacerbados pelas condições climáticas adversas em fevereiro e início de março. Por isso, a consultoria reduziu em 8,4% sua estimativa de produção na região, para em 605,8 milhões de toneladas. Ainda assim, é improvável que a temporada 2024/2025 represente uma grande quebra, permanecendo dentro da faixa mais alta de produção de cana-de-açúcar e açúcar observada nos anos anteriores.

Além disso, indicativos de aumento da demanda global podem dar algum suporte. Como destacou em relatório a Paragon Global Markets, o Egito informou a necessidade de adquirir mais açúcar, o que levou alguns vendedores a se mostrarem mais cautelosos, enquanto outros especuladores agiram rapidamente para capitalizar a oportunidade.

Ganhos mais expressivos podem ter sido limitados pelo petróleo em queda nos mercados internacionais, o que piora a competitividade relativa do etanol. O clima também pode estar no radar, com possível alívio em relação ao calor sobre o Centro-Sul. A partir desta quarta-feira (20/03) uma frente fria começou a avançar pelo País, espalhando chuvas sobre grande parte do Centro-Sul, de acordo com a Climatempo.