15/Mar/2024
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) avaliou que a aprovação do projeto de lei do Combustível do Futuro reforça o lugar do Brasil na vanguarda da transição para baixo carbono ao estabelecer o marco legal para o setor de biocombustíveis e reconhecer seu importante papel na transição energética. Na mobilidade, por exemplo, o programa incorpora a avaliação de ciclo de vida para mensurar a redução de emissões de gases de efeito estufa por quilômetro rodado, estabelecendo uma diretriz tecnicamente fundamentada para as inovações em curso, com garantia de neutralidade tecnológica.
A associação também destacou o Programa Nacional de Biometano, inserido no projeto e que prevê a criação de um mandato de descarbonização com biometano no gás natural comercializado, previsto para começar em 1% em 2026. Outro ponto destacado pela Unica é a criação de um programa para produção de combustível sustentável de aviação (SAF), estabelecendo que as companhias aéreas devem reduzir suas emissões nos voos nacionais a partir da utilização de SAF. A Unica também ressaltou a criação do arcabouço legal para a captura e armazenamento de carbono.
Essa pode ser uma alternativa importante nos próximos anos, utilizando o gás emitido durante o processo de fermentação do etanol ou mesmo durante a conversão do biogás em biometano. O PL estabelece mais um passo importante na consolidação da bioenergia como uma alternativa efetiva de Descarbonização no Brasil. As diretrizes estabelecidas incluem ações que darão tração a inovações fundamentais com bioenergia na mobilidade, no setor de gás, no setor aéreo e nos processos de produção dos biocombustíveis.
Segundo a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), com a aprovação do Projeto de Lei (PL) Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados, mais uma etapa foi vencida para que o Brasil possua uma política consistente de transição energética. O PL prevê aumento na adição de etanol na gasolina e impulsiona a produção de combustível sustentável para aviação (SAF) e de biometano no País. A entidade reúne 35 usinas do setor sucroenergético em 11 Estados. A aprovação desta medida foi um passo decisivo rumo à bioeconomia. A votação quase unânime na Câmara demonstra que este projeto certamente não cairá no vazio legislativo. O Combustível do Futuro é estratégico para que a transição energética ocorra de forma sustentável e com bases bem fundamentadas no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.