12/Mar/2024
A Stellantis tem como meta chegar a 2030 com os carros puramente elétricos representando 20% de suas vendas no Brasil. A eletrificação do portfólio está no foco dos R$ 30 bilhões anunciados na semana passada em investimentos do grupo no Brasil até 2030. Porém, com o ritmo de adoção dos carros elétricos avançando mais lentamente nos mercados emergentes do que nas economias desenvolvidas, a escala de produção é limitada, comprometendo a capacidade da indústria de oferecer novas tecnologias a preços mais acessíveis.
Nesse momento, observa-se uma fragmentação do mundo e uma tendência em que a regionalização está cada vez mais forte, o que não é necessariamente uma coisa boa. Os europeus querem veículos elétricos, os norte-americanos ainda estão hesitando; na América Latina, há o flex fuel, obviamente que os africanos não poderão pagar pelos veículos elétricos. Portanto, são necessárias soluções específicas a cada região.
A saída para popularizar os carros elétricos seria então vender a tecnologia com prejuízo, o que comprometeria a saúde financeira das empresas, com consequente risco de demissões. Por outro lado, subsídios a novas tecnologias esbarram no maior endividamento dos governos após os gastos extraordinários na pandemia. Nesse sentido, o biocombustível brasileiro, combinado a um motor elétrico em carros híbridos, permitirá que a eletrificação aconteça de forma acessível à classe média, ao contrário de outros mercados.
O motor flex, movido a etanol, representa uma solução que é tanto “amiga” do meio ambiente quanto acessível. Entre as tecnologias contempladas pelos novos investimentos da Stellantis, em várias etapas de descarbonização, a montadora planeja aprimorar propulsores movidos apenas pelo etanol. Em todo o mundo, o grupo investe 50 bilhões de euros na transição energética. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.