29/Feb/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (28/02) na Bolsa de Nova York. O vencimento maio ganhou 1 ponto (0,04%), e fechou a 22,69 centavos de dólar por libra-peso. O mercado foi influenciado em parte pela estimativa da trading Succden de queda na produção de açúcar pela Índia para 28 milhões de toneladas na temporada 2024/2025. Analistas apontam que a perspectiva indica que o país não deve voltar tão cedo ao mercado global de açúcar como exportador. Isso significa que qualquer melhora neste ano não levará a exportações tão cedo.

A expectativa de que a Índia continue fora do mercado global reforça a importância do Brasil, com avaliações sobre a próxima safra pesando nas decisões dos investidores. O clima é o principal fator monitorado no momento, com vistas à safra 2024/2025. Nesta semana, o tempo seco vai se intensificar e predominar sobre a maior parte do interior dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, segundo a Climatempo. Essa condição agrava a situação das lavouras que estão com déficit hídrico. Esses fatores foram contrabalançados pela alta do dólar ante o Real e pelo recuo do petróleo. O avanço da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol e pode resultar em um mix menos alcooleiro no Brasil.

Além disso, dados publicados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) mostraram que o Centro-Sul do Brasil processou 549 mil toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de fevereiro, alta de 649,65% na comparação anual. Em igual período, a produção de açúcar foi de 27 mil toneladas, avanço de 1.051,2%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem acumulada subiu 19,03%, para 646,596 milhões por tonelada. A produção de açúcar alcançou 42,158 milhões de toneladas em 2023/2024, aumento de 25,59% ante a safra anterior.