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01/Feb/2024

Cana: projeção da safra 2024/2025 no Centro-Sul

A consultoria StoneX estimou a produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul na próxima safra, referente ao biênio 2024/2025, em 622,1 milhões de toneladas, volume 5,4% abaixo do recorde de 650 milhões de toneladas previsto para a safra 2023/2024. No ano passado, o Centro-Sul do País registrou um cenário climático inconstante, influenciado pelo fenômeno climático El Niño. Contudo, quando observado a distribuição das precipitações, nota-se que alguns meses registraram volumes acima da média e outros períodos registraram escassez no volume de chuva. Tal fator favoreceu o andamento da safra 2023/2024, porém pode ter prejudicado o desenvolvimento dos canaviais para o próximo ciclo (2024/2025). O mix produtivo deverá seguir favorecendo o açúcar, com 52% da cana-de-açúcar processada sendo voltada à produção do açúcar, alta de 3% ante o mix projetado para a safra corrente, de 2023/2024.

Assim, a produção de açúcar em 2024/2025 ficou estimada em 43,1 milhões de toneladas, 1% acima da safra 2023/2024 e novo recorde. A produção de açúcar será favorecida por uma leve recuperação do ATR (açúcar total recuperável) das lavouras, da ordem de 0,6% em 2024/2025 ante 2023/2024, totalizando 139,8 quilos por tonelada. Em relação à produção de etanol de cana-de-açúcar, a produção está estimada em 24,5 milhões de metros cúbicos no Centro-Sul em 2024/2025, ou 10,4% menos ante a safra 2023/2024. A produção de etanol hidratado deve encolher 7,8%, para 15 milhões de metros cúbicos, e a de anidro, cair 14,2%, para 9,5 milhões de metros cúbicos. A produção de etanol de milho, por sua vez, deve crescer 16,1%, para 7,2 milhões de metros cúbicos, levando à produção total do biocombustível (etanol de cana-de-açúcar e de milho) para 31,7 milhões de metros cúbicos, queda de 5,5% ante 2023/2024.

Se concretizada a estimativa, o etanol produzido a partir do milho terá participação de 22,7% no total, ou 4% acima do projetado para a safra 2023/2024. Diante das projeções para o mercado de açúcar e das perspectivas para o setor de combustíveis, foi estimado um crescimento no consumo de Ciclo Otto de 1,5% em 2024/2025, "renovando o recorde do setor, totalizando 44,5 milhões de metros cúbicos. Além disso, seguindo a tendência de ganhos na competitividade do etanol em relação à gasolina, estimou-se um share do hidratado de 27,2%, ou 1,7% maior do que as estimativas para a safra 2023/2024. Dessa forma, a demanda por hidratado ficou estimada em 17,3 milhões de m³, crescimento de 8,3% em relação à safra 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.