23/Jan/2024

Os futuros de açúcar demerara fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (22/01) na Bolsa de Nova York. O bom volume de chuvas no estado de São Paulo no último fim de semana levou traders a embolsarem lucros, após a alta de quase 9% acumulada na semana passada. O vencimento março recuou 7 pontos (0,30%), e fechou a 23,50 centavos de dólar por libra-peso. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos.

A queda foi limitada pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol e pode incentivar um mix mais alcooleiro no Brasil. Até recentemente, o desempenho do mercado parecia sugerir que a produção recorde do Brasil conseguiria preencher, pelo menos parcialmente, a lacuna deixada por Índia e Tailândia nestes primeiros meses do ano. Para alguns participantes, a alta da semana passada parece indicar agora uma maior preocupação. A questão é saber se a demanda acompanhará novas altas de preço. A Hedge Point afirma que o mercado está em um equilíbrio delicado, com o balanço global de oferta e demanda mostrando apenas um pequeno superávit. Isso significa que qualquer distúrbio poderia disparar os preços e os agentes especulativos.

Um aumento de 1,5 milhão de toneladas na demanda de qualquer país poderia acabar com esse conforto na oferta. Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou na sexta-feira (19/01) que fundos de investimento aumentaram sua posição líquida comprada na Bolsa de Nova York na semana até 16 de janeiro, de 5.429 para 12.447 lotes. Após as altas da última semana, a expectativa é de que esse saldo comprado já esteja maior.