08/Jan/2024

Os futuros de açúcar demerara recuperaram perdas iniciais e fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (05/01) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O vencimento março/2024 ganhou 3 pontos (0,14%), para 21,11 centavos de dólar por libra-peso, após ter atingido mínima de 20,60 cents (-2,28%). As cotações foram pressionadas inicialmente pelas perspectivas de oferta robusta do Brasil. O mercado global deve ficar mais equilibrado neste começo de 2024. O Brasil deve ter açúcar suficiente para atender às necessidades do mercado nesse período, e o preço está refletindo isso. As exportações brasileiras mantêm um ritmo acelerado.

Com chuvas significativamente abaixo da média e várias usinas ainda em operação, os números de moagem da segunda quinzena de dezembro também deverão ser bem fortes. Esse fator, porém, foi contrabalançado pelo enfraquecimento do dólar ante o Real e pelo avanço do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol e pode incentivar um mix mais alcooleiro no Brasil. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou que o subíndice de preços do Açúcar caiu 26,8 pontos (16,6%) e teve média de 134,6 pontos em dezembro, o menor nível em nove meses.

Ainda assim, as cotações internacionais ficaram 17,5 pontos (14,9%) acima do valor de igual mês do ano passado. A queda no mês foi atribuída ao forte ritmo de produção no Brasil e às exportações robustas do País, juntamente com retornos menores nas vendas de etanol. Além disso, a decisão do governo da Índia de limitar o uso de cana-de-açúcar para a produção de etanol exerceu pressão adicional. Para 2023, o subíndice teve média de 145 pontos, aumento de 30,6 pontos (26,7%) em relação a 2022 e o valor mais alto desde 2011, principalmente devido a preocupações com um balanço global mais apertado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.