22/Dec/2023

Os futuros do açúcar demerara fecharam em baixa expressiva nesta quinta-feira (21/12) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O vencimento março/2024 caiu 68 pontos (3,25%), a 20,24 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do petróleo nas bolsas internacionais pressionou as cotações. A baixa diminui a competitividade relativa do etanol, o que pode resultar em um mix mais açucareiro no Brasil e consequente aumento da oferta de açúcar. Estimativas de oferta mundial acima da esperada anteriormente continuam sendo motivo de baixa das cotações do açúcar.

Com números de moagem que apontam para uma produtividade ainda maior do que o previsto, tradings têm elevado suas previsões para a produção do Centro-Sul do Brasil. A moagem acumulada até o fim de dezembro foi de 619,2 milhões de toneladas, segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O processamento na 1ª quinzena de dezembro deve ficar entre 15 milhões e 17 milhões de toneladas, levando a um total de 635 milhões de toneladas processadas. Com as expectativas mais altas para a safra, as chances de que a moagem continue a partir de março do ano que vem são grandes. O mercado segue atento também à Índia.

A notícia de que o governo indiano restringiu a produção de etanol no país a partir do caldo da cana e de melaços com maior concentração de sacarose levou a queda consideráveis nos preços do açúcar. Começaram especulações de que o país poderia permitir exportações. Mas isso não deve acontecer, o que, à medida que for se confirmando, deve ser altista para as cotações. O governo já está se preocupando com os estoques da safra 2024/2025, porque houve uma plantação abaixo do ideal. As indústrias indianas também afirmam que o país pode ser forçado a se tornar importador já na primeira metade de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.