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18/Dec/2023

Açúcar: previsão de maior oferta pressiona futuros

Os futuros do açúcar demerara fecharam em baixa na sexta-feira (15/12) na Bolsa de Nova York. O vencimento março caiu 19 pontos (0,86%), e fechou a 21,99 centavos de dólar por libra-peso. A expectativa de que a Índia produza mais açúcar do que o previsto anteriormente pressionou as cotações. O governo da Índia orientou as usinas a não usarem o caldo da cana-de-açúcar e melaços com maior concentração de sacarose na produção de etanol. Esta foi a grande notícia do mercado nos últimos dias e talvez até do ano, por ter causado uma baixa expressiva nas cotações.

O grande fator altista era a Índia, era ao que o mercado respondia desde a virada do ano de 2022 para 2023; e agora o mercado vai trabalhar com outra Índia, é um mercado que começa a trabalhar eliminando grande parte desse fator altista que elevou os preços para os 27,0 centavos de dólar por libra-peso. Estimativas apontam que o país deverá produzir 2 milhões de toneladas de açúcar a mais do que o esperado anteriormente. Com isso, já há especulações de que o governo poderá liberar volumes para exportação.

As estimativas de uma safra robusta no Centro-Sul do Brasil em 2024/2025 são outro fator baixista. A BP Bunge estima que a produção de açúcar da região deverá somar 43,7 milhões de toneladas, 2,4% mais do que o estimado para 2023/2024, com uma moagem de 640 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Após um ciclo marcado por condições climáticas excepcionais e uma produtividade agrícola recorde, espera-se uma diminuição de cerca de 3,6% na moagem para a safra 2024/2025, levando em conta a volta às condições climáticas próximas à normalidade.