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07/Dec/2023

Açúcar: Índia desestimula etanol e pressiona futuros

Os futuros do açúcar demerara fecharam em baixa expressiva nesta quarta-feira (06/12) na Bolsa de Nova York. O vencimento março caiu 196 pontos (7,85%), e fechou a 23,00 centavos de dólar por libra-peso. O desempenho refletiu expectativas de que o governo da Índia desencoraje a produção de etanol no país, que espera uma queda na produção de cana-de-açúcar devido a volumes de chuva abaixo da média durante o desenvolvimento da safra. O governo deve pedir às usinas que usem apenas melaços com menor concentração de sacarose para produzir etanol.

Depois de analisar a situação de oferta e demanda, a comissão de ministros decidiu focar na produção de açúcar neste ano. A desvalorização do petróleo também pressionou as cotações. O combustível fóssil em baixa tende a diminuir a competitividade relativa do etanol e incentivar um mix mais açucareiro nas usinas, podendo aumentar a oferta global do açúcar. Os resultados acima do esperado para a safra brasileira seguem influenciando os preços.

Com a alta na produtividade no Centro-Sul mostrada pelo último relatório quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a Hedge Point aumentou suas estimativas para a produção de açúcar em 1,1 milhão de toneladas, para 41,6 milhões de toneladas. A região deve moer 645 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até março de 2024, deixando 10 milhões de toneladas no campo. Somente o clima tem a trapalhado as usinas. À medida que a região se aproxima do verão, o regime de precipitação se intensifica. Mesmo com as precipitações previstas e uma qualidade inferior da cana-de-açúcar no fim da safra, a previsão é de que o mix açucareiro deve permanecer em 48,7%.