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06/Dec/2023

Cana: Raízen planeja antecipar moagem em 2024

No próximo ano, a Raízen deverá retomar a moagem de cana-de-açúcar em março, um pouco antes do que normalmente ocorre. O ciclo de 2024/2025 começa oficialmente em abril de 2024, mas o volume de matéria-prima que deve sobrar nas lavouras da temporada atual permitirá às usinas antecipar os trabalhos. A empresa terá um volume de cana-de-açúcar excedente de 2023/2024 e se programa para começar a moagem da safra mais cedo. As usinas da empresa estão processando matéria-prima desta safra e devem permanecer ativas até meados de dezembro. A condição climática fora da média histórica assegurou o amplo volume de cana-de-açúcar de 2023/2024. Nos dois últimos anos, os canaviais do Centro-Sul sofreram as consequências de episódios de seca e geadas, que reduziram a produtividade da cultura.

Agora, com mais cana-de-açúcar disponível já na largada do próximo ciclo, a expectativa é de que o custo da matéria-prima diminua. Para atravessar a entressafra, a Raízen mantém um nível de estoques de etanol um pouco mais elevado que o de anos anteriores, já que existe a expectativa de que o consumo se mantenha aquecido. O cenário seria o oposto do que ocorreu neste ano, com períodos de diminuição da demanda principalmente no primeiro semestre. O açúcar continuará sendo o produto mais remunerador das usinas no curto prazo, em momento de déficit de oferta no mercado global, mas como eventuais novos investimentos podem acabar elevando muito a capacidade produtiva da commodity, é preciso ter cautela nessas decisões. O açúcar é um produto cíclico.

A empresa fez melhorias operacionais que vão complementar o mix para o açúcar, mas nada muito grande. No setor, diversas companhias fizeram investimentos para aumentar a capacidade produtiva do açúcar, um movimento que pode se tornar um ponto de atenção caso haja o patamar de preços se altere no futuro. As usinas vivem um momento atípico, em que o valor do açúcar tem uma diferença muito superior ao do etanol, ela chega a ser de R$ 1 mil por tonelada de açúcar equivalente. Mas o etanol é um produto diferenciado e vai ter demanda no mercado futuramente. A Raízen está apostando no biocombustível de segunda geração, com investimentos em curso e plantas em construção, e na certificação do etanol para exportação como matéria-prima do biocombustível de aviação (SAF). Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.