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04/Dec/2023

COP28: combustíveis fósseis e transição energética

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, negou que seja contraditório o Brasil participar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Caso o País participe do grupo criado pela Organização dos Países Exploradores de Petróleo (Opep) terá de utilizar o espaço para incentivar avanços relacionados à descarbonização. Marina Silva participou do lançamento do plano de Transformação Ecológica do governo federal durante a Conferência do Clima da ONU, COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O Brasil foi convidado para integrar o grupo liderado pela Opep+. A possibilidade de o País integrar o bloco gerou desconfiança em ambientalistas, que defendem o fim do uso de combustíveis fósseis como principal saída para o planeta reverter o agravamento da crise climática.

Hoje, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu durante discurso que os países caminhem para diminuição da dependência econômica de matrizes fósseis. Para a ministra, é exatamente para levar o debate que precisa ser enfrentado no âmbito daqueles espaços que são os grandes produtores de combustível fóssil, que é o grande responsável pelo aquecimento do planeta. A ministra também negou que haja contradição no governo a respeito da expansão de frentes de exploração de combustíveis fósseis. Atualmente, a área de energia da gestão Lula defende a abertura de novos poços na Margem Equatorial, na Foz do Rio Amazonas, mas tem tido licenças barradas pelo Ibama. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que as empresas do setor desenvolvam pesquisas e ampliem os recursos na área de descarbonização.

Para Haddad, a indústria do petróleo é a primeira que tem que investir na descarbonização. O mundo tem que deixar de consumir petróleo não porque ele vai acabar, mas porque há outras fontes para usar. Se não houver outras fontes, a humanidade vai continuar usando aquilo que está matando o planeta. Lula tem sido questionado, sobretudo no âmbito regional, a respeito das posições do País acerca da expansão de poços de exploração do petróleo. Em discurso durante plenária de abertura da Conferência do Clima na sexta-feira (1º/12), o presidente defendeu que as nações acelerem o ritmo da descarbonização de suas matrizes. "O mundo já está convencido do potencial das energias renováveis e é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descabornização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis", discursou Lula. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.