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01/Dec/2023

Açúcar: futuros pressionados por dólar e petróleo

Os futuros do açúcar demerara encerraram em baixa expressiva nesta quinta-feira (30/11) na Bolsa de Nova York. O vencimento março caiu 82 pontos (3,05%), e fechou a 26,04 centavos de dólar por libra-peso. A baixa do petróleo nas cotações internacionais pressionou os futuros, uma vez que tende a reduzir a competitividade relativa do etanol. O dólar em valorização ante o Real também influenciou a baixa, já que estimula as exportações das usinas brasileiras e tende a aumentar a oferta global momentaneamente. Além disso, a safra “cheia” no Brasil pesou sobre os futuros.

O 3º Levantamento da Safra 2023/2024 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que a produção de cana no Brasil deve crescer 10,9% em comparação ao ciclo anterior e chegar a 677,6 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde na série histórica da estatal. Para a produção de açúcar, a estimativa é de 46,88 milhões de toneladas, aumento de 27,4% em relação à safra passada. Melhores expectativas para o balanço global reforçaram a queda. Conforme a StoneX, na safra 2023/2024 o superávit global de açúcar deve ser de 170 mil toneladas.

O volume supera em 460 mil de toneladas o balanço previsto em setembro para o ciclo, de déficit de 290 mil toneladas. A produção mundial de açúcar deve atingir 192,4 milhões de toneladas, 0,36% a mais que na última temporada, quando a produção foi de 191,7 milhões de toneladas. Para a demanda, a estimativa é de que haja aumento de 0,9% frente a 2022/2023, chegando a 192,2 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais devem subir para 74,6 milhões de toneladas (+0,2%), fazendo com que a relação estoque/uso caia para 38,8% (-0,3%).