30/Nov/2023

Segundo a StoneX, a safra mundial de açúcar de 2023/2024 (de outubro de 2023 a setembro de 2024) deve atingir um superávit de 170 mil toneladas. O volume supera em 460 mil toneladas o balanço previsto em setembro para o ciclo, de déficit de 290 mil toneladas. A produção mundial deve atingir 192,4 milhões de toneladas, 0,36% a mais que na última temporada, quando a produção foi de 191,7 milhões de toneladas. Para a demanda, a estimativa é de que haja aumento de 0,9% frente a 2022/2023, chegando a 192,2 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais devem subir para 74,6 milhões de toneladas (+0,2%), fazendo com que a relação estoque/uso caia para 38,8% (-0,3%).

Em 2024, é aguardado um aumento na capacidade de produção e de cristalização de açúcar no Centro-Sul brasileiro, em uma dimensão entre 1 milhão e 3 milhões de toneladas, o que pode confirmar o otimismo para o setor ou até trazer uma produção ainda maior do que se espera. Contudo, a perspectiva de manutenção de um balanço apertado da commodity continua, dadas as quebras em importantes produtores. Para a safra global de 2022/2023 (outubro-setembro), a StoneX prevê um superávit de 1,3 milhão de toneladas de açúcar, estável frente ao estimado em setembro. Assim, os estoques finais ficam em 74,4 milhões de toneladas, fazendo com que a relação estoque/uso suba para 39,1% (+0,3) frente a 2021/2022.

Na previsão para os principais produtores mundiais de açúcar, a Índia deve diminuir sua produtividade em 9% em razão da queda no volume de chuvas. Com isso, o país deve produzir 300 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2023/2024, 9,6% a menos que o volume estimado para 2022/2023, de 332 milhões de toneladas. A forte queda na disponibilidade da matéria-prima deve diminuir a fabricação total de açúcar (antes do desvio de etanol) para 33,8 milhões de toneladas (-8,4%). A estimativa para a produção do açúcar branco se manteve, em 30,0 milhões de toneladas. Assim, as expectativas de que a Índia pode não exportar açúcar em 2023 crescem, algo que dependerá das decisões de política econômica do país quanto ao setor açucareiro e os estoques domésticos, decisão que deve acontecer apenas no primeiro trimestre de 2024.

No que tange à produção da Tailândia, as estimativas se mantiveram em campo pessimista. Em 2023/2024, os canaviais tiveram meses de instabilidade na disponibilidade de chuvas entre junho e setembro, voltando a chover volumes elevados em outubro, que podem ter ajudado algumas áreas. Considerando o clima e o aumento da produção de mandioca em lugar da cana-de-açúcar, a estimativa é de que a produção de açúcar tailandesa de 2023/2024 deve cair 27,14% em relação à última safra, para 8 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.