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30/Nov/2023

Cana: 3º levantamento da safra brasileira 2023/2024

De acordo com o 3º levantamento sobre a safra de cana-de-açúcar 2023/2024 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quarta-feira (29/11), a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve crescer 10,9% na safra 2023/2024 em comparação ao ciclo anterior, atingindo 677,60 milhões de toneladas ante 610,80 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde na série histórica. As condições climáticas e os investimentos do setor sucroalcooleiro refletiram em um aumento na produção. O bom resultado esperado é influenciado pelo melhor rendimento das lavouras, estimado em 81.129 quilos por hectares, alta de 10,1% ante a temporada anterior 2022/2023 (73.655 quilos por hectare). Também favoreceu o bom resultado a maior área destinada ao cultivo da cultura, prevista em aproximadamente 8,35 milhões de hectares, e que representa crescimento de 0,7% ante 2022/2023 (8,29 milhões de hectares).

Apesar do início da colheita ter sido atrasado devido às chuvas constantes, até mesmo gerando reflexos na programação das unidades de produção, a moagem alcançou pouco mais de 90% na Região Centro-Sul. Na Região Nordeste, que tem um calendário que se estende até abril, a colheita ainda é incipiente nos principais Estados produtores. A estimativa de produção recorde de cana-de-açúcar possibilita que o País registre crescimento tanto de açúcar como de etanol. Para o açúcar, a expectativa é que se atinja uma produção de 46,88 milhões de toneladas, representando um aumento de 27,4% em relação à safra passada. Confirmado o resultado, o volume configura o maior já registrado na série histórica. Para o etanol, o crescimento esperado comparado com a safra anterior atinge 9,9%, a 34,05 bilhões de litros, produzidos a partir da cana-de-açúcar e do milho.

Desse total, 14,48 bilhões de litros serão de etanol anidro e 19,57 bilhões de litros de etanol hidratado. Se considerar o combustível produzido a partir do esmagamento da cana-de-açúcar deverá crescer cerca de 5,5%, projetado em 27,99 bilhões de litros. O produto fabricado a partir do milho apresenta uma alta de 36,3%, quando comparada com safra passada, estimada em 6,06 bilhões de litros. O crescimento do etanol produzido a partir do milho é resultado de planejamento e investimentos, sobretudo na Região Centro-Oeste, mas se expandindo para outras regiões com registro de fábricas em produção em estados como Alagoas e Paraná. Principal região produtora de cana-de-açúcar do País, o Sudeste deverá aumentar o volume colhido em 12,2%, quando comparada com a safra anterior, totalizando 434,98 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A área apresenta uma leve redução, mesmo com os investimentos para a renovação das lavouras.

Em compensação, a produtividade média deverá aumentar, passando de 75.629 quilos por hectares para 85.046 quilos por hectare. Em São Paulo, Estado que registra maior volume a ser colhido, o início da safra foi marcado por chuvas intensas e consecutivas que trouxeram excelentes condições para as lavouras de cana-de-açúcar, promovendo o aumento do desenvolvimento vegetativo. A partir do segundo semestre, houve a ausência hídrica, acelerando a colheita. No entanto, esse cenário tem se modificado e as chuvas que caem frequentemente vêm atrapalhando o processamento junto às unidades de produção, obrigando-as a parar seguidamente, fato que deve postergar ainda mais a moagem, que se estenderá até meados de dezembro, em alguns casos, seguir até janeiro. Na Região Centro-Oeste, tanto a área quanto a produtividade deverão aumentar neste ciclo.

Com isso, a projeção é que a colheita atinja 143,78 milhões de toneladas. Panorama semelhante é verificado na Região Sul do País. A maior área destinada para a cultura neste ciclo reverte as sucessivas reduções registradas, com alta de 2,6%. A melhora no desempenho é de 11,2%, alcançando 72.399 quilos por hectares, o que resulta em uma estimativa de produção de 35,32 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Na Região Nordeste, a produção deve crescer 4,7%, chegando a 59,55 milhões de toneladas, influenciada, principalmente, pela elevação da área, uma vez que a produtividade se mantém próxima a estabilidade, com um leve acréscimo de 0,4%. Na Região Norte, o acréscimo de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,8%, quando comparada à safra passada, resultando em uma produção de 3,97 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.