27/Nov/2023

Os futuros do açúcar demerara fecharam em baixa na sexta-feira (24/110 na Bolsa de Nova York. O vencimento março caiu 24 pontos (0,88%), e fechou a 26,98 centavos de dólar por libra-peso. A desvalorização do petróleo nas bolsas internacionais afetou os preços. A baixa diminui a competitividade relativa do etanol, o que pode resultar em um mix mais açucareiro no Brasil e, consequentemente, em aumento da oferta de açúcar. Além disso, o cenário está mais baixista para os contratos no curto prazo, em especial por causa da expectativa de clima mais seco no Centro-Sul do Brasil, que pode favorecer os embarques de açúcar para o exterior.

A previsão para os próximos dias mostra chuva esporádica. No dia 22 de novembro, aguardavam para serem carregadas no terminal da Rumo 16/17 no Porto de Santos (SP), onde ocorrem cerca de 30% dos embarques de açúcar do porto, 3,18 milhões de toneladas, 90% mais que no mesmo período do ano passado, mas 15,8% abaixo do volume da semana anterior. A Paragon Global Markets espera uma produção de açúcar "cheia" no Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de novembro, o que também pode pressionar os contratos futuros. De acordo com a empresa, 244 usinas estavam em atividade no período e devem ter alcançado uma moagem de 33 a 35 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Dessa forma, o acumulado da safra pode ficar entre 594 e 596 milhões de toneladas. Isso deixaria cerca de 25 milhões de toneladas sobrando, que devem ter sua moagem finalizada na primeira metade de dezembro. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) informou que a produtividade da safra 2023/2024 do Centro-Sul aumentou 21,5% no acumulado de abril a outubro. A produtividade média no período foi de 89,3 toneladas por hectare, ante 73,5 toneladas por hectare na última safra. Somente no mês de outubro, o rendimento foi de 77,3 toneladas por hectare, 14,5% a mais que o registrado no mesmo mês do último ciclo, de 67,5 toneladas por hectare.