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14/Nov/2023

Petrobras pode cortar novamente preço da gasolina

Entrou no radar do mercado nos últimos dias o risco de que a Petrobras diminua, mais uma vez este ano, os preços da gasolina. Esse ainda não é o cenário básico da maioria dos economistas, que calculam um potencial de impacto negativo de 10 a 20 pontos-base no IPCA de 2023, a depender da magnitude do corte. Considerando a mediana do último relatório Focus para a inflação deste ano, de 4,59%, isso significaria espaço para um IPCA entre 4,39% e 4,49%. Isso dá conforto à ideia de que o Banco Central conseguirá entregar a inflação abaixo do teto da meta (4,75%) pela primeira vez desde 2020. Dados da Associação Brasileira dos Importadores De Combustíveis (Abicom) captam o espaço para uma redução dos preços. No dia 19 de outubro, quando a Petrobras anunciou o último corte da gasolina, o combustível era vendido no Brasil 2% abaixo da paridade internacional. Na última sexta-feira (10/11), era negociado pelo mesmo preço do exterior.

A Warren Rena já incorporou ao cenário básico uma redução de 6% nos preços da gasolina nas refinarias, prevista para esta semana ou a próxima, o que a fez diminuir a projeção para o IPCA de 2023 de 4,5% para 4,4%, já 35 pontos-base abaixo do teto da meta. A Petrobras afirmou que está olhando os preços estruturais e, quando fala isso, a interpretação do mercado é de que está esperando estabilizar um pouco o nível para dosar o corte. Há espaço para até 10%. A Petrobras afirmou que a consolidação dos preços internacionais de gasolina em outro patamar, de forma estrutural, poderia levar a um novo reajuste no Brasil. Mas lembrou que a empresa já cortou os preços em outubro e não antecipou uma nova redução. Para a Garde Asset, há uma chance bem significativa de um corte esta semana ou na próxima, porque, desde o último corte, houve queda média de 10% nos preços da gasolina internacional e o Real se valorizou.

Já faz um mês desde o último corte, e essa tem sido a periodicidade adotada pela Petrobras. Há espaço para um reajuste negativo de até 10% nos preços da gasolina, que retiraria 24 pontos-base da projeção dele para o IPCA de 2023, hoje em 4,65%. No entanto, um reajuste menor (próximo de 5% e com impacto de 12 pontos) é mais provável, devido à volatilidade do cenário. Para o Banco BMG, a defasagem vista hoje não mostra espaço para um novo corte nos preços de gasolina. No entanto, se o dólar se mantiver comportado em relação ao Real até o fim do ano e se não houver uma alta forte dos preços de petróleo, é possível ver um reajuste negativo de até 5%, com impacto negativo de 10 pontos-base no IPCA. Esse é um dos riscos de baixa para o IPCA de 2023, assim como o comportamento dos alimentos é um risco de alta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.