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09/Nov/2023

Etanol hidratado: consumo deverá crescer em 2024

Segundo a StoneX, o consumo de etanol hidratado no Brasil em 2024 deve ser de 17,4 bilhões de litros, 8,07% a mais que o previsto para 2023, de 16,1 bilhões de litros. O aumento da demanda deve se concentrar especialmente no Centro-Sul brasileiro, com destaque para o estado de São Paulo. No entanto, o consumo esperado ainda está 6,4% abaixo da média registrada entre 2018 e 2022. O ano de 2024 vai se iniciar com uma paridade de preços mais favorável ao etanol, e um aumento da produção de hidratado no Centro-Sul. Em 2024 a fatia do hidratado no Ciclo Otto nacional deve alcançar a marca de 20,8%, 1,2% acima do esperado para 2023.

No próximo ano, além da normalização do contexto tributário, a expectativa é de que a safra 2024/2025 do Centro-Sul registre um recorde de moagem de cana-de-açúcar, o que deve ampliar os estoques do biocombustível levando a preços competitivos em relação à gasolina, principalmente durante o pico da colheita, entre junho e setembro. A produção total de etanol na safra 2024/2025 deve ter crescimento de 9,9%. Contudo, a maior parte desse acréscimo deve vir da produção de etanol de milho, com a priorização do uso da cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar.

A estimativa é de que 20% do etanol produzido em 2024/2025 seja de milho, alcançando 6,5 bilhões de litros (crescimento de 35,4% em relação ao esperado para 2023/2024). Para 2023, a estimativa é de um crescimento de 5,23% no consumo do hidratado, ante 15,3 bilhões de litros em 2022. Considerando o valor acumulado entre os meses de janeiro/2023 e setembro/2023, o consumo de etanol hidratado no Brasil chegou a 10,9 bilhões de litros, queda de 3,7% contra o mesmo período de 2022 e 19,1% considerando a média dos últimos 5 anos. A queda no consumo em relação à média dos últimos anos tem ocorrido mesmo com uma maior demanda pelos combustíveis para motores do tipo Ciclo Otto.

A gasolina, que tem registrado recordes na demanda, aumentou sua fatia de mercado em relação ao hidratado. Isso ocorreu por conta de uma paridade mais elevada entre o etanol e a gasolina até junho de 2023. A partir daquele mês, houve mudanças tributárias e uma maior produção da safra sucroenergética 2023/2024, o que tornou o consumo cada vez mais favorável ao biocombustível. Porém, a demanda na ponta final tardou em responder à dinâmica de preços favorável ao etanol. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.